quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

'Castelo vai deixar ao novo prefeito projetos na ordem de R$ 1 bilhão já aprovados pelo governo federal'


MARCOS AURÉLIO FREITAS
Em entrevista ao Jornal Pequeno, o titular da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp), engenheiro Marcos Aurélio Alves Freitas, afirma que a cidade de São Luís nunca foi tão bem servida em obras como na atual gestão municipal. Ele fala sobre as inúmeras parcerias realizadas com o governo federal, destaca importantes obras como a construção de canais e as drenagens profundas em áreas de constantes alagamentos. 'A maior obra que um gestor pode fazer é aquela que tira as pessoas da condição de insalubridade e oferece a elas melhorias na sua qualidade de vida', ressalta. Marcos Aurélio garante que a cidade hoje é outra, com mais de 500 quilômetros de ruas e avenidas asfaltadas, e que o futuro gestor não encontrará os graves problemas de pavimentação como enfrentou o prefeito João Castelo (PSDB) no início de sua gestão. O secretário destaca como o grande legado de Castelo para a cidade a aprovação pelo governo federal de cerca de R$ 1 bilhão para serem investidos em grandes obras na capital, como o Corredor de Transporte. Leia a entrevista completa.
JP – Na sua avaliação, o prefeito João Castelo conseguiu concluir o seu cronograma de obras em São Luís?
A cidade de São Luís não recebia obras havia muito tempo. Os problemas se acumularam em décadas. O prefeito Castelo não foi omisso e decidiu enfrentar as situações mais graves, com investimentos em infraestrutura urbana. Algumas obras foram iniciadas, como a construção do Grande Hospital de Urgência e Emergência, mas levam no mínimo dois anos para serem concluídas. A cidade hoje é outra. Fizemos obras estruturantes que vão ser lembradas por muito tempo. Se verificarmos o grande trabalho feito na área de pavimentação, por exemplo, avançamos significativamente. Somente em avenidas foram mais de 118 quilômetros de pavimentação. Em bairros, onde nunca havia sido visto pavimento, foram mais de 165 quilômetros de asfalto, beneficiando mais de 520 ruas. Na Zona Rural foram 48 quilômetros de asfalto, e recuperamos em diversos bairros da cidade mais de 100 quilômetros do pavimento existente com a aplicação de micro-revestimento.
JP – O que não chegou a ser concluído passa a ser então uma obrigação do futuro prefeito?
Sim, alguns dos contratos para obras de pavimentação estarão à disposição do próximo prefeito para que sua equipe possa dar prosseguimento e concluir as obras a eles relacionadas. Posso citar áreas como as dos bairros São Raimundo, Cidade Olímpica, Chácara Brasil, Vila Mauro Fecury I, Jardim São Cristóvão II, Coroadinho, Residencial João do Vale, Angelim Velho e Novo Angelim e Vila Conceição, dentre outros, que hoje possuem infraestrutura de pavimentação garantindo a melhoria da qualidade de vida das pessoas que vivem ali, sem esquecer toda aquela região que vai da Vila Magril a Tajaçoaba e do Cruzeiro de Santa Bárbara até o Porto de Caracoeiras, Vila Esperança, Vila Sarney, acesso ao povoado Taim.
JP – Quais obras o senhor definiria como as mais importantes para a cidade?
Tenho certeza que a maior obra que um gestor pode fazer é aquela que tira as pessoas da condição de insalubridade e oferece a elas melhorias na sua qualidade de vida. Alguns bairros de São Luís que saíram dessa condição irão lembrar para sempre do prefeito João Castelo. Dentre as principais obras, além das melhorias dos bairros, posso citar o caso da Avenida Mauro Bezerra. Ali havia o canal do Caratatiua, com esgoto e lixo tomando conta da porta das pessoas. Hoje é outra realidade. A Avenida Santos Dumont passou 12 anos sem condições de tráfego. A Avenida Nossa Senhora da Vitória, ligando o parque Vitória à Avenida São Luís Rei de França, é outro exemplo de transformação, bem como a Avenida Mário Andreazza. Grandes obras na área de drenagem (algumas ainda em andamento) já reduziram a incidência de alagamentos em áreas importantíssimas da cidade, como os canais do Coroado, Rio das Bicas, Cohab/Cohatrac, Gangam, Tropical Shopping, a macrodrenagem da avenida Cônego Tavares, que inclui a frente ao Lítero, a macrodrenagem do Mercado Central e retificação do canal do Portinho. São obras que incluem no seu bojo a implantação de redes coletoras de drenagem para desaguarem no córrego. Foram mais de quatro mil metros de redes de drenagem executadas em toda a cidade, que com certeza evitarão grandes transtornos para a comunidade. Não posso deixar de mencionar o prolongamento da Avenida Litorânea, obra entregue agora pela prefeito (primeiro trecho) e que conta ainda com duas pontes de concreto sobre o Rio Pimenta ligando a região do Olho d'Água ao Quintas do Calhau.
JP – Quais os benefícios deixados com a construção de canais e com a drenagem de áreas como a do Mercado Central?
O benefício imediato é o fim do problema de alagamento. Outros benefícios decorrerão daquilo que o projeto trouxe incorporado. Por exemplo, no canal do Coroado, além de solucionar o problema do esgoto daquela parte mais baixa da região, o prefeito conseguiu recursos junto ao governo federal e determinou que naquela área fosse implantada uma Praça de Esporte e Cultura, que efetivamente será um espaço maravilhoso para toda a comunidade da região. No caso do Mercado Central, com a conclusão da macrodrenagem do entorno e a execução do alargamento do canal do Portinho (a concluir), foram oferecidas ao futuro prefeito todas as condições para que a reforma do Mercado possa enfim acontecer. E, para isso, o prefeito Castelo já assinou convênio que garante os recursos da obra. Já no Tropical Shopping, apenas a conclusão do primeiro trecho já evitou o alagamento da área e tirou da televisão as imagens de carros sendo tragados pelo volume d'água que ali se acumulava. Quanto ao canal do Rio Gangam, que terá pavimentação nas duas bordas, a obra contribuirá para melhorar o trânsito naquela área da Rua Eurípedes Bezerra, Rua Boa Esperança e Avenida São Luís Rei de França.
JP – Quais as principais dificuldades de sua secretaria ao longo desses quatro anos de gestão?
Em qualquer gestão, a dificuldade sempre é a disponibilidade financeira para atender a todas as demandas do município. A prefeitura é o ente federado mais sacrificado, principalmente por estar mais perto da população. E se tudo não estiver funcionando bem as críticas são muito severas. Acredito que, ante as dificuldades existentes, o prefeito João Castelo, contando apenas com a disponibilidade financeira exclusiva das receitas do município e dos convênios firmados com o governo federal, conseguiu desenvolver com a Semosp aquilo que não foi possível em muitas gestões passadas. É lógico que sempre seremos cobrados por aquilo que não pudemos realizar. No entanto, registro que foi extremamente positivo ter participado desse governo e de ter recebido de Castelo condições para realizar tudo isso que está sendo entregue à população. O prefeito está de parabéns.
JP – Algumas obras a Prefeitura executou com recursos próprios. Isso de certa forma não comprometeu o orçamento do município?
Como citei anteriormente, o problema é que a demanda de serviços que a população cobra do município é sempre maior do que as disponibilidades financeiras. Quando cheguei, em julho de 2010, à Secretaria de Obras, as péssimas condições de infraestrutura viária dos bairros e avenidas eram um dos maiores problemas da cidade. O prefeito teve que dar a resposta e fez um esforço gigantesco para melhorar esse aspecto da cidade. O problema da redução do FPM também contribuiu com a queda das receitas do município. Vale frisar que houve uma determinação do prefeito para que a cidade recebesse um volume expressivo de obras, que já eram esperadas havia décadas por representarem problemas crônicos, como é o caso das avenidas Santos Dumont, Mario Andreazza e Santo Antonio e o prolongamento da Litorânea. A Prefeitura não poderia adiar. Castelo teve a coragem de fazer e para isso recorreu aos recursos do próprio município. Alguém teria que assumir essa responsabilidade.
JP – O senhor considera que a Prefeitura poderia ter feito mais obras se tivesse contado com a parceria do governo do Estado, por exemplo?
Para as necessidades do município, as parcerias com todos os entes federados são imprescindíveis. Com o governo federal, BNDES, BIRD e BID praticamente todos os projetos apresentados pelo prefeito foram aprovados. A ordem de grandeza dos recursos conveniados, nas diversas áreas do município, se aproximam de R$ 1 bilhão. As obras que não foram concluídas estão em andamento, e aquelas que não tivemos como iniciar a nova gestão já encontrará os convênios assinados, algumas já licitadas, com os recursos garantidos, como é o caso da pavimentação das 482 ruas dos bairros que estão nas margens do lago do Bacanga. No caso do governo do estado, percebi que as relações não foram as melhores. Poderia ter sido diferente e só a população ganharia com isso, com mais obras, mais geração de emprego e renda para todos.
JP – Poucos prefeitos conseguiram executar tantas obras em São Luís como João Castelo. O senhor considera então que grandes obras, apesar de importantes e necessárias, não rendem votos?
Eu acredito que a análise não é tão fácil quanto parece. O governo municipal tem um conjunto de ações que estão sob o julgamento permanente da população e, dependendo do foco que é levado aos munícipes, a gestão como um todo pode ser bem ou mal avaliada. As obras de Castelo garantiram-lhe uma votação expressiva, representando o reconhecimento ao seu trabalho. No entanto, não foi uma votação suficiente para sua reeleição.
JP – Há quem diga que algumas obras estão paralisadas ou abandonadas por falta de pagamento de fornecedores. Até que ponto isso é verdade?
Todo ente federado tem problema de desembolso durante a gestão. E o atraso, dependendo do período, é avaliado como normal. As obras de responsabilidade da Semosp em convênio com o governo federal nunca tiveram falta de recursos para pagamento das contrapartidas. O fato de uma ou outra obra andar em ritmo mais acelerado depende das condicionantes que envolvem interferências físicas não previstas em projeto ou da capacidade operacional da empresa para resolver o problema de forma mais rápida. Quanto às obras executadas com recursos próprios, o motivo da paralisação em alguns casos é que precisávamos fazer o ajuste físico/financeiro dos contratos vigentes. Estamos deixando os principais contratos de nossa gestão em condições da próxima gestão concluí-los, e o prefeito está providenciando todos os pagamentos na medida da capacidade financeira da sua gestão. Serviços como iluminação pública, limpeza urbana, além das obras dos canais, continuam a todo vapor. Portanto, o que está ocorrendo é apenas uma relativa ansiedade dos prestadores de serviços com a transição da gestão.
JP – O VLT é um projeto efetivamente viável para São Luís?
Essa discussão é apaixonante e vai continuar por algum tempo. Enquanto projeto de mobilidade urbana para São Luís, o prefeito teve a capacidade de ser visionário mais uma vez, como fora quando governador, pois teve a capacidade de construir o Italuís e solucionar o problema de água da cidade. O VLT foi totalmente conduzido na Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT) como um projeto de mobilidade urbana. Contudo, avalio que o projeto de engenharia precisa de alguns ajustes que não inviabilizarão a obra. A matriz de transporte coletivo de passageiros da cidade precisa de novos modais. O BRT, por exemplo, está previsto para ser implantado no Novo Corredor de Transporte que o prefeito aprovou com o governo federal, com recursos já assegurados. Esse talvez seja o grande legado para a cidade. Já o VLT deve ser mais um dos instrumentos dessa grande mudança na mobilidade urbana da cidade. O projeto é ousado. O prefeito Castelo projetou a cidade não somente para resolver os problemas de agora, mas para os próximos 10 ou 20 anos. O próximo prefeito tem garantido para os cofres municipais cerca de R$ 1 bilhão oriundos do governo federal e de outros agentes financiadores, fruto do esforço e do planejamento desenvolvido pelo prefeito João Castelo e seus auxiliares.
JP – Como técnico, qual obra o senhor acha que deve ser a prioritária do próximo prefeito de São Luís?
Na área de infraestutura viária, sem dúvida a implantação do Novo Corredor de Transporte. O prefeito conseguiu aprovar os recursos junto ao governo federal e, quando essa obra for concluída, São Luís terá uma nova dinâmica para o trânsito. Há outras obras importantíssimas, como o Elevado da Forquilha, a continuação do prolongamento da Avenida Litorânea, o Elevado do Calhau. Espero que o futuro prefeito tenha a serenidade necessária para dar prosseguimento àquilo que é importante para a cidade, buscando melhorar a vida de todos. Existem vários projetos em andamento que, após sua conclusão, São Luís será uma cidade muito melhor para se viver. Só tenho a agradecer ao prefeito João Castelo pela oportunidade que tive de trabalhar em sua equipe, e a todos da Semosp que puderam compreender aquilo que tínhamos como missão naquela casa.

domingo, 23 de dezembro de 2012

São 2 recursos


O vídeo que mostra militares se reunindo para atuar em favor do então candidato Edivaldo Holanda Júnior (PTC) na campanha eleitoral de São Luís, em outubro, pode levar à cassação do prefeito eleito.

Derrotado por Holandinha, o prefeito João Castelo (PSDB) recorreu à Justiça após a diplomação, argumentando que o vídeo mostra evidências claras de compra de votos na eleição da capital.São dois processos. Um deles trata especificamente do vídeo. O outro, da manipulação da rádio Capital AM em favor do candidato do patrão.Por enquanto, vai-se abordar apenas a questão da mlícia.Noa ação, Castelo anexa depoimentos dos militares presos na época, que confessam a estratégia para atuar em favor de Holanda Júnior.Por mais que se desdenhe das ações de Castelo, que se ridicularize como choro de perdedor, Holandinha tem que ficar muito atento por que pode acabar dançando por causa disso.O episódio da milícia é gravíssimo por si só.A reunião de militares já é ilegal por natureza. Quando estes militares se intitulam “pior do que o grupo que matou Osama Bin Laden”, esta reunião passa a ter nuances criminosas.Há depoimentos dos policiais no período em que eles ficaram presos no quartel. É evidente a manipulação do “comitê militar” por membros da campanha de Holanda Júnior.E tudo isso está registrado no processo que começa a correr na Justiça Eleitoral.Empossado ou não, Holandinha deve, portanto, por as barbas de molho.Para não se arrepender mais tarde…Ao inaugurar parte do prolongamento da Avenida Litorânea, sua ultima obra, em pouco mais de 600 metros, no final da tarde de ontem, 21 de dezembro, o Prefeito João Castelo, disse que recorreu contra a Diplomação de Edivaldo Holanda Júnior. São 2 recursos apresentados na Justiça, acusando o novo Prefeito da pratica de crimes eleitorais. No entanto, isso não impede a posse de Edivaldo Holanda Júnior na Prefeitura de São Luis, enquanto não se esgotarem todos os tramites legais nas instancias da Justiça Eleitoral.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Canindé Barros recua e decide manter operação contra “piratas”


O secretário municipal de Trânsito e Transportes, Canindé Barros, recuou da decisão da semana passada e decidiu manter a operação contra transporte clandestino de passageiros na área Itaqui-Bacanga.
Em nota à imprensa encaminhada nesta terça-feira (11), a SMTT anuncia ainda para esta semana o início da segunda etapa da operação, que visa a remover veículos que atuam de forma irregular realizando o transporte de passageiros.
“Com esta medida, o secretário de Trânsito e Transportes, Canindé Barros, espera alcançar o objetivo de eliminar o transporte clandestino na área Itaqui Bacanga. Além disso, ele determinou também a colocação de duas novas linhas de ônibus, que fazem o percurso do Anjo da Guarda, Avenida dos Portugueses, Anel Viário até a Praça Deodoro, com o intuito de atender com regularidade a demanda de passageiros que usam diariamente o transporte coletivo da região”, diz o comunicado oficial.
Bem diferente do que afirmou o próprio Canindé Barros sobre o assunto há uma semana. “Como não continuarei na SMTT, vou deixar o problema para ser resolvido pela próxima gestão. Vejo que muitos dos proprietários pagam prestações caras e, se não pagarem a multa estipulada, será justo manter esses veículos apreendidos? O problema está aí e precisa ser solucionado. O nosso estudo já previa o aumento de ônibus para as linhas mais problemáticas da área Itaqui-Bacanga. Espero que isso seja resolvido na nova administração”, justificou Canidé.
O que mudou em uma semana?

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Brasil tem 2,6 milhões de usuários de crack e cocaína



Uma pesquisa divulgada hoje (5) mostra que o Brasil tem 2,6 milhões de usuários de crack e cocaína, sendo metade deles dependente (1,3 milhão). Deste total, 78% cheiram a substância exclusivamente (consumida na forma de pó); 22% fumam (crack ou oxi) simultaneamente e 5% consomem apenas pelos cachimbos, que já viraram marcas registradas das áreas degradas e conhecidas como cracolândias.
O estudo Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), unidade de pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), mostra ainda que, do total de usuários, 1,4 milhões (46%) são moradores da região Sudeste e 27% residem no Nordeste. No ranking de regiões, o Norte aparece em 3º lugar (10%) empatado com o Centro-Oeste. O sul, com 7% de concentração, está em último lugar.
“Fizemos as análises por classe econômica e, diferentemente do esperado, não houve nenhuma diferença estatística. O padrão de consumo de cocaína, seja aspirada ou fumada, é o mesmo entre os ricos ou entre os pobres”, afirma uma das autoras do estudo, a psicóloga Clarice Sândi Madruga. “Uma das hipóteses para este cenário é que o preço da cocaína está muito mais barato, o que facilita o acesso.”
Para os pesquisadores os achados sugerem que assim como a cocaína se popularizou e chegou à classe média e média baixa, o crack também deixou de fazer parte apenas dos problemas da população de rua e da marginalidade, como era no início da epidemia. A droga hoje afeta todos os segmentos socioeconômicos.
“Não há no mundo país que venda cocaína de forma tão barata. Em média, o preço da venda aqui é U$ 2 nos Estados Unidos custa 10 vezes mais”, completa o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, também autor do estudo da Unifesp e que investiga o padrão de uso de drogas em todas as nações, sendo consultor de muitas delas.
“Além disso, os governos não fizeram a lição de casa nos últimos anos. Não há um combate efetivo do tráfico drogas e, ao mesmo tempo, não foi ampliada a rede de prevenção dos novos usuários e nem o aumento da oferta de tratamento para os já dependentes.”
Primeiro do mundo
Marcelo Ribeiro, um dos primeiros pesquisadores de álcool e drogas do País a estudar o comportamento de usuários de crack, avalia que o potencial de consumidores destas drogas existentes no Brasil fez com que, nas últimas duas décadas, o país mudasse de papel na rota dos tráficos de drogas.
“Por ser muito populoso, o Brasil deixou de ser só local de passagem das drogas para virar destino final de consumo.”
Pelos dados da Unifesp, 2% da população brasileira usaram cocaína ou crack no último ano. Apesar de proporcionalmente parecer pouco, em números absolutos é muita coisa, diz a especialista em álcool e drogas, Ilana Pinsky.
“Isso sem contar que quando o assunto é sensível, como o caso da dependência química, as pessoas tendem a não ser totalmente verdadeiras nas respostas. Com quase toda certeza, a população usuária de drogas é maior do que a identificada na pesquisa”, avalia Ilana.
Mesmo que subestimada, os 2,6 milhões de brasileiros que se declaram, sendo 1 milhão deles consumidor de crack, já somam 20% do total de consumidores mundiais de cocaína, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) utilizados pela Unifesp. “Em números absolutos, nos mostram os dados da OMS, o Brasil é o segundo mercado de cocaína do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, e provavelmente o primeiro do mundo de crack, já que os outros países não separam a forma de consumo, aspirada ou fumada”, ressaltou a psicóloga Clarice Madruga.
Mais letal
Apesar da cocaína em forma de pó ser a mais prevalente entre os dependentes, os especialistas ressaltam que quando consumido na versão crack os efeitos são mais rápidos na degradação do cérebro.
cérebro.
Do blog do Robert Lobato

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Grandes Atrações no Show da virada em São Luis



A dupla sertaneja Victor&Léo, e os sambistas Neguinho da Beija Flor e Arlindo Cruz são as principais atrações da festa da virada, que o Governo do Estado realizará, dia 31 de dezembro, na Lagoa da Jansen.
A programação completa foi fechada ontem (27), numa última reunião entre a governadora Roseana Sarney (PMDB) e alguns de seus auxiliares mais próximos.
Além dos grandes shows, a festa do dia 31 contará com a participação, ainda, dos grupos A5 – formado por artistas maranhenses – e Bicho Terra.
Mas as comemorações pelo ano novo começam no dia 28, com o show da estrela gospel.
Aline Barros e participação de artistas da cena gospel maranhense. Um dia depois, será a vez do padre Fábio de Melo.
Dia 30, dois grandes shows: sobem ao palo que será montado na Litorânea ninguém menos do que Paralamas do Sucesso e Roupa Nova.
Uma programação pra lá de especial.

Do blog do Gilberto Léda

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Que coisa feia Alcione!



O Rio de Janeiro vai travando uma luta contra praticamente todo o resto do Brasil pela divisão dos royalties do petróleo e por conta dessa batalha cerca de 200 mil pessoas participaram durante esta segunda-feira (26) da manifestação chamada de “Veta, Dilma”. A ideia é pressionar a presidenta Dilma Rousseff (PT) a vetar o Projeto de Lei 2.565 já aprovado na Câmara e Senado Federal, que prevê a redistribuição dos royalties.
A manifestação contou com a presença de diversos artistas, mas para surpresa de muita gente, foi a cantora maranhense Alcione que cantou o Hino Nacional, no palco montado em frente a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro.
Será que a cantora maranhense e ludovicense tinha noção do que representava esse ato? Se tinha, é lamentável sua postura, pois se o Projeto de Lei for sancionado a sua cidade natal irá receber algo em torno de R$ 27 milhões já em 2013. Isso falando apenas de São Luís.
O curioso é que Alcione é a principal artista maranhense e que sempre está presente nos eventos culturais promovidos pelo Governo do Maranhão, mas inexplicavelmente resolveu participar de um ato político contra o Nordeste e consequentemente contra o Maranhão e todos os seus 217 municípios.
Uma tremenda pisada de bola e só me resta dizer: que coisa feia Alcione…
Do blog do Jorge Aragão

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O meu ciclo



"A vida é para nós o que concebemos dela. Para o rústico cujo campo lhe é tudo, esse campo é um império. Para o César cujo império lhe ainda é pouco, esse império é um campo. O pobre possui um império; o grande possui um campo. Na verdade, não possuímos mais que as nossas próprias sensações; nelas, pois, que não no que elas vêem, temos que fundamentar a realidade da nossa vida".

Fernando Pessoa

É com este poema de Fernando Pessoa e com esta linda música de Jorge & Mateus que eu quero agradecer ao carinho de todos os amigos verdadeiros, aos meus irmãos, ao meu pai e a minha MÃE. Enfim a todos que eu amo muito e que me dedico em todos os dias de minha vida, desse MEU CICLO.
Fazer aniversário é isso, e ter um dia especial, no trabalho, em casa com a família, curtir os amigos e sonhar em dias melhores para todos. Fazer aniversario é envelhecer e saber que você pode morrer mas está VIVO, é estou vivo pela benção de Deus. 

É isso obrigado a TODOS

Obrigado DEUS.

Romário pede fogos pela queda de Mano da seleção e sugere Felipão: ‘já vai tarde’




O ex-jogador e deputado Federal Romário comemorou como um título a notícia da demissão de Mano Menezes do cargo de treinador da seleção brasileira.
Pelo Twitter, o Baixinho defendeu a saída do técnico e ainda aproveitou para criticar a entidade. Ele lamentou que a CBF tenha demorado a acordar:
“Galera, hoje é um dia histórico em que o Brasil tem que soltar fogos, fazer festa… Até que enfim esses incompetentes da diretoria da CBF fizeram alguma coisa boa pelo futebol brasileiro. Isso eu tinha certeza que iria acontecer, infelizmente demorou, mas saiu! Em relação ao Mano, já vai tarde” postou Romário.
Em seguida, o craque da Copa de 1984 palpitou sobre o possível substituto.
“Na minha opinião, o treinador tem que ser o Felipão e o diretor de Seleções, se o Andrés Sanches sair, o ideal seria o Raí”.
Mano Menezes deve ser substituído por Luiz Felipe Scolari, sem emprego, Muricy Ramalho, treinador do Santos, Abel Braga, campeão brasileiro pelo Fluminense, ou Tite, técnico do Corinthians.

domingo, 25 de novembro de 2012

'O povo é o senhor do meu destino político'



Em entrevista exclusiva ao Jornal Pequeno, o prefeito de São Luís, João Castelo (PSDB), faz um balanço de sua administração e toca em temas polêmicos, como o resultado das eleições municipais de 2012 e a expectativa com relação ao mandato de Edivaldo Holanda Júnior (PTC). Castelo faz um paralelo entre as funções de governador e prefeito, dois cargos por ele exercidos, fala de decepções ao longo do atual mandato e critica aqueles que apenas 'se beneficiaram de cargos e da estrutura de poder' da prefeitura. 'Eram pessoas que ali estavam perto de mim conspirando, minando o meu trabalho', desabafa. O prefeito explica que, apesar dos dissabores da caminhada, não coleciona mágoas ou ressentimentos.
Castelo faz um alerta ao futuro prefeito para que questões partidárias não interfiram na prestação de serviços à comunidade. 'Apesar de haver um grupo tão heterogêneo de interesse pelo poder em torno do futuro prefeito, o povo não pode ser sacrificado pelas disputas internas', ponderou.
Segundo Castelo, alguém que sai de uma eleição com mais de 220 mil votos não pode se achar um derrotado. Por fim, o prefeito tucano avisa que, de janeiro em diante, será um ex-prefeito vigilante, atento, comprometido ainda mais com as causas da cidade e conhecedor dos problemas da comunidade. 'Desse compromisso eu não posso me esquivar'. E que, por isso, 'não vestirá o pijama da indiferença'. Confira.
JP - Qual avaliação o senhor faz do seu mandato de prefeito?
João Castelo - São Luís mudou muito nos últimos 10 anos. É uma outra cidade, com uma população de mais de um milhão de habitantes. Iniciei o meu mandato com o município mergulhado em problemas graves que se acumularam nas últimas duas décadas, especialmente na área de infraestrutura urbana. Jamais outro prefeito ousou mexer em situações crônicas, que há muito tempo atormentavam a vida das pessoas, como os grandes canais e drenagens profundas em ruas e avenidas intransitáveis. E por que não trabalhavam nessas áreas? Porque são obras que pouco aparecem e não rendem votos. Mas essas obras ficam, e isso é o mais importante para o gestor. Fizemos muitas obras de infraestrutura, construção de grandes avenidas interbairros e recuperação da malha viária. Acredito que avançamos muito em quatro anos, e não fizemos obras apenas no último ano de governo, como alguns afirmaram maldosamente na campanha eleitoral. A verdade é que fizemos muitas obras e projetos sociais ao longo de quatro anos. Claro que há sempre uma expectativa maior da população, principalmente numa cidade carente ainda de muitos benefícios. Mas tenho a consciência do dever cumprido.
JP - É mais difícil ser prefeito que governador, para o senhor que exerceu os dois cargos?
JC - O governador de Estado não está tão próximo dos problemas do cidadão, das reais necessidades do cotidiano, como está o prefeito. O governador tem a função mais institucional que operacional, não há uma cobrança efetiva e constante de suas ações na comunidade. Ele lida com o estado todo e não é cobrado pelo asfalto, pela limpeza do bairro, pelo capim que toma conta da praça. Nem por isso suas responsabilidades são menores que as do prefeito. São situações absolutamente distintas. Acontece que o prefeito e os vereadores são interlocutores diretos do cidadão comum, que cobra respostas rápidas e soluções para problemas que afetam a porta da casa dele. O cargo de prefeito é, sobretudo, desafiador. Tenho a humildade de reconhecer as dificuldades da missão, mas concluo o meu mandato de cabeça erguida, com a convicção de que fiz o melhor que pude. Da mesma forma que entrei, saio da Prefeitura de mãos limpas.
JP - Por que algumas obras não foram concluídas no seu mandato?
JC - Nunca se fez tanta obra em São Luís como nesses últimos quatro anos. Basta uma rápida retrospectiva, uma comparação. Claro que não houve tempo suficiente para se concluir tudo aquilo que nos propusemos a fazer. A cidade é outra. O prefeito que chega não vai encontrar os mesmos problemas que eu encontrei. As chuvas já não serão o grande problema da administração municipal porque as principais avenidas foram todas recuperadas com asfalto de qualidade, o CBUQ, usado hoje nas cidades mais desenvolvidas do mundo. O que eu não pude concluir, como parte do trilho da primeira linha do VLT e o Grande Hospital de Urgência e Emergência, depende agora do senso de responsabilidade que o futuro gestor deve ter com a cidade. Há um módulo do VLT comprado, pago e parte da linha já está feita. Tudo isso com recursos da Prefeitura. E vou continuar a obra até o dia 31 de dezembro. Com relação ao hospital, o terreno já reincorporado ao patrimônio da Prefeitura, em área ampla e estratégica, o projeto é arrojado e toda a terraplanagem já foi feita. A obra não pode parar, porque é de absoluto interesse e necessidade da população.
JP - O senhor acha que o prefeito eleito vai continuar as suas obras que não foram concluídas?
JC - Não acredito naquelas velhas práticas políticas do prefeito que ignora as obras iniciadas pelo antecessor. Eu, por exemplo, dei continuidade aos projetos iniciados pelo prefeito Tadeu Palácio. Meu compromisso com a cidade é tão forte que mesmo agora, após o resultado desfavorável da eleição, continuo trabalhando dia e noite na Prefeitura e vou entregar novas obras até o último dia do meu mandato.
JP - A que o senhor atribui a sua derrota na eleição de outubro?
JC - Toda eleição tem as suas peculiaridades. A eleição de 2012 foi marcada pelo discurso da novidade. E, talvez pela força do trabalho de desconstrução de imagem do meu nome e do trabalho que realizei em São Luís, esse discurso tenha prevalecido, embora sem muita consistência. O eleitor foi forçado a comprar a ideia de mudança. Não porque ele acreditava piamente no produto da mudança. Ao longo de quatro anos a minha administração foi massacrada deliberadamente por uma mídia raivosa, fui perseguido dia após dia no meu trabalho da Prefeitura e nos projetos que busquei aprovar em Brasília. Criou-se a falsa ideia de que eu nada fiz pela cidade, de que São Luís virou um caos, de que não existia obra alguma no município, de que o VLT era alugado. O povo foi induzido a acreditar nessas lorotas. Fora isso, lutei contra todos os candidatos no primeiro turno, dispondo de pouco mais de três minutos de televisão, além de ter sido covardemente atacado por um 'laranja' profissional escalado pelo meu adversário. Mas não me considero derrotado. Alguém que sai de uma eleição com mais de 220 mil votos não pode se achar um derrotado.
JP - Qual a lição que ficou dessa eleição?
JC - A cada eleição você vai conhecendo menos o perfil do eleitor de hoje. As eleições são decididas no calor da hora da votação. Assim as coisas acontecem atualmente, aqui e em qualquer cidade do Brasil. E o eleitor é soberano na urna. Veja que no primeiro turno as pesquisas apontavam uma vantagem minha sobre o candidato Edivaldo Holanda Júnior. Aquilo era real, e nos dois dias que antecederam a eleição essa realidade mudou. Não sei o que de fato ocorreu. Da mesma forma aconteceu no segundo turno: havia no começo da disputa uma diferença a favor de Edivaldo de mais de 20 pontos nas pesquisas. Fomos diminuindo gradativamente essa diferença até as vésperas da eleição, os números de todas as pesquisas apontavam nessa direção. Acontece que num dado momento essa tendência estancou. Também não se sabe por qual motivo.
JP - Alguma decepção ao longo desses quatro anos de mandato?
JC - As decepções são naturais para quem segue a carreira política. Como prefeito, posso dizer que me decepcionei muito com pessoas que ali estavam perto de mim conspirando, minando o meu trabalho, ao mesmo tempo em que se beneficiavam de cargos e da estrutura de poder. Mas essas pessoas passam. E, para mim, o que fica é a gratidão a uma equipe que está comigo até agora, pessoas honradas e que lutaram com bravura na Prefeitura para servir ao povo de São Luís. No mais, não há mágoas ou ressentimentos.
JP - O senhor faria algo diferente no segundo mandato?
JC - Claro que sim. O primeiro mandato serve de amadurecimento das táticas e estratégias de trabalho que melhor se adequam à realidade do município. Serve para se fazer ajuste, corrigir os caminhos. O segundo mandato é só de aprimoramento, é o fechamento de um ciclo de obras e trabalho que não se consegue concluir em quatro anos. Veja, por exemplo, o caso do Grande Corredor de Transporte. O projeto foi maturado, apresentado com sucesso ao governo da Presidenta Dilma Rousseff e finalmente aprovado. Agora chegou o momento, no início de 2013, de colocá-lo em prática. Não é uma coisa simples, que se faz da noite pro dia. Precisou de tempo, de muitas viagens, de conhecimento da engenharia urbana, de planejamento e convencimento técnico. Os recursos já estão assegurados pelo governo federal e São Luís vai ganhar uma de suas maiores obras da história.
JP - Há quem diga que o senhor não iria pagar o décimo terceiro do funcionalismo porque a Prefeitura não teria mais dinheiro.
JC - Alguns esquecem que a eleição já acabou. Não há mais palanque para brincadeiras. É hora de trabalhar com seriedade e responsabilidade. Em quatro anos de mandato, paguei em dia o funcionalismo, dentro do mês de trabalho. Sempre respeitei e valorizei o funcionário público, todos que me conhecem sabem disso. Não seria agora, no apagar das luzes da minha administração, que iria manchar a minha biografia. Não demiti ninguém, mas temo pelo futuro dessa gente trabalhadora que tanto precisa do salário da Prefeitura.
JP - Qual a sua expectativa com relação ao futuro prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior?
JC - Espero que São Luís continue sendo bem tratada. A cidade hoje é outra, como disse. Está mais organizada. Os grandes problemas vão persistir. O trânsito hoje é o maior desafio, assim como os graves problemas de saneamento e abastecimento de água. O novo prefeito vai encontrar uma cidade melhor, mais organizada, com projetos importantes e recursos captados em fontes nacionais e internacionais. Espero que as questões partidárias não interfiram na prestação de serviços à comunidade. Apesar de haver um grupo tão heterogêneo de interesse pelo poder em torno do futuro prefeito, o povo não pode ser sacrificado pelas disputas internas. Faço votos para que ele cumpra o que prometeu ao eleitor, para que este não seja simplesmente enganado. O povo de São Luís assim deseja e vai cobrar as promessas de campanha. Uma delas, por exemplo, é a de que o futuro prefeito, já no primeiro dia de mandato, dará prosseguimento à licitação para o sistema de transporte coletivo da cidade. Desde abril encaminhei o projeto de licitação à Câmara de Vereadores. Vamos acompanhar.
JP - Qual o principal legado que o senhor deixa para a cidade?
JC - Não há um projeto isolado que considero como o mais importante que deixo para São Luís. Mas reconheço que a população não vai esquecer tão cedo o fardamento escolar completo e o leite distribuído para mais de 100 mil alunos da rede municipal de ensino. Não vai esquecer também do peixe vendido a preço simbólico pela Prefeitura. Vai lembrar por muito tempo das boas ações da Blitz Urbana, que foram destaque no noticiário nacional. Vai lembrar das avenidas Santos Dumont, do Caratatiua, do Parque Vitória, Mário Andreazza, Santo Antônio e do prolongamento da Litorânea. Não vai esquecer dos canais, do Teatro da Cidade. Enfim, acho que fica muita coisa para que a população não esqueça que por aqui passou um prefeito que trabalha.
JP - Qual o futuro político de João Castelo?
JC - Em política não existe futuro. O político faz agora. O caminho do político quem decide é o povo, com as bênçãos de Deus. Já servi muito ao Maranhão e agora ainda mais a São Luís. O povo é o senhor do meu destino político. Não posso virar as costas para ele, que tudo me deu na vida pública. Já me lançaram candidato a tudo em 2014. Por enquanto, não sou candidato a nada. Serei, sim, daqui pra frente o ex-prefeito vigilante, atento, comprometido com as causas da cidade, conhecedor ainda mais dos problemas da comunidade. Desse compromisso eu não posso me esquivar. Dele não abro mão. Não vestirei o pijama da indiferença.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Saída de Bruno é manobra para Macarrão assumir crime, diz acusação


O assistente de acusação do julgamento sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, Cidnei Karpinski, afirmou nesta quarta-feira acreditar que a saída de Bruno do julgamento é uma estratégia da defesa do goleiro para que o réu Luiz Henrique Romão, o Macarrão, assuma integralmente a autoria do crime.

"Essa manobra tende a única situação: Macarrão venha a confessar e tirar a culpa do Bruno", afirmou Karpinski. Ambos vão ser julgados por homicídio, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado de Eliza.
Questionado como chegou a essa conclusão, o advogado insinuou que ouviu a estratégia entre as sessões do julgamento. "Eu diria que é intuição. E diria um pouco mais do que isso, porque já ouvimos essa conversa", afirmou.
A defesa de Macarrão, no entanto, negou que o réu irá assumir o crime.

DESMEMBRAMENTO

No início da sessão de hoje, Bruno apresentou novos advogados de defesa e pediu o desmembramento de seu julgamento, que foi acatado pela juíza.
O goleiro pediu a palavra no plenário e apresentou os novos defensores que comporão a banca: Lucio Adolfo da Silva e outros quatro advogados. Em seguida, o goleiro pediu o adiamento de seu julgamento, pois o novo advogado não tem conhecimento do processo e precisaria de tempo para ficar a par dos autos.
O promotor do caso, Henry Wagner Castro, se manifestou, alegando que se tratava de uma manobra da defesa. "Essa atitude tem todos os contornos de um autêntico abandono, pois aqui não estamos falando de uma destituição", disse. "Algumas das defesas sobre a capa da astucia e da bravata só manobram."
A juíza, no entanto, entendeu que não era uma manobra e concordou com o desmembramento.
Com a mudança, o outro advogado de Bruno, Francisco Simim, afirmou que ele e Tiago Lenoir deixaram sua defesa para Silva assumir a titularidade do caso. "O Lucio assume tudo", afirmou.
O julgamento do ex-secretário de Bruno Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e da ex-namorada Fernanda Castro deve continuar nesta quarta-feira.

JULGAMENTO

O julgamento começou com cinco réus --o goleiro Bruno, seu ex-secretário Luiz Henrique Romão, o Macarrão, o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, a ex-mulher de Bruno, Dayanne Souza, e a ex-namorada Fernanda Castro-- mas foi reduzido para três.
Bola foi excluído do júri logo no primeiro dia para apresentar novos advogados após a desistência de seus dois defensores, Ércio Quaresma e Zanone Oliveira. O ex-policial recusou a indicação de um defensor público.
No segundo dia de julgamento, Bruno dispensou o advogado, Rui Pimenta, de sua defesa.
A tentativa do goleiro de destituir também seu advogado, Francisco Simim, culminou no desmembramento do julgamento da ex-mulher de Bruno, Dayanne, que deverá ir à júri junto com Bola em data ainda não marcada.

Folha de São Paulo


Seminário de INTEGRAÇÃO e o desespero da OPOSIÇÃO




A oposição maranhense sofre por antecipação ao criticar cegamente o “Seminário de Integração” promovido pelo Governo do Estado, além de cometer um equívoco conceitual por achar que o evento foi apenas para promover o pré-candidato a governador, Luis Fernando.
Ora, Luis Fernando é antes de tudo o chefe da Casa Civil do Governo do Maranhão, logo pode e deve coordenar eventos do tipo que ocorreu no Centro de Convenções Pedro Neiva de Santana. Aliás, já que deseja mesmo ser candidato a governador, ele poderia até ser mais ativo politicamente e se tornar uma espécie de “gerentão” da governadora, atuando em todas as áreas governamentais.
O blog esteve presente nos dois dias de encontro e, ainda que cético quanto a algumas das boas intenções do governo, entende que o evento foi importante até para que os futuros gestores municipais cobrem do Palácio dos Leões –  sem falar que o evento foi realizado a quase dois anos das próximas eleições.
De certa forma, o seminário foi uma espécie de resposta ao encontro de prefeitos da oposição, organizado pelo PCdoB ainda no segundo turno das eleições de São Luis, em apoio ao então candidato Edivaldo Holanda Júnior.
Ao evento comunista compareceu a maioria dos prefeitos eleitos pelo campo oposicionista e foi visto por alguns observadores, inclusive por este blog, como uma precipitada ”estadualização” da campanha eleitoral de 2014.
E qual foi a resposta do grupo político da governadora? Simples, realizar um evento oficial não apenas com os prefeitos aliados, mas com todos os eleitos e reeleitos nas eleições municipais deste ano. Resultado: o seminário coordenado por Luís Fernando foi um sucesso político, institucional e de público.
Atordoados, os líderes oposicionistas na Assembleia Legislativa e nas redes sociais partiram para o ataque desqualificando o evento em que o governo se comprometeu com tudo e com todos.
“Tapados”, ao invés de esperarem para ver o resultado dos compromissos anunciados e assumidos pelo governo com os eleitos e reeleitos durante o Seminário de Integração, preferem sofrer por antecipação como se realmente estivessem “acusado o golpe.”
Agindo dessa forma, a oposição dá motivos para que os governistas façam o discurso de que ela torce contra o Maranhão, que realmente é adepta da tese do “quanto pior,melhor”.
A oposição e somente esta  representada por Flávio Dino, Holandinha e outros, fazendo esta contraversão a atitude do governo só apenas mostra a estar, despreparada e   desesperada com os rumos que estão sendo tomados até 2014. Ou seja, a oposição pode e o governo não.  
Poupe-nos.                                    

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Ex-prefeito da Raposa Laci é ferido por três tiros após discussão



O ex-prefeito de Raposa, município da região metropolitana de São Luís, José Laci, foi ferido com três tiros no final da tarde desta sexta-feira (16). A informação foi confirmada pelo Comandante do Policiamento Metropolitano da capital, coronel Jéferson Teles, que disse ainda que os autores dos disparos estão foragidos.
De acordo com o coronel, os disparos aconteceram após uma discussão entre Laci e o um grupo de ciganos que teria invadido um terreno de sua propriedade, localizado no povoado Juçara. O ex-prefeito foi até o local mostrar a documentação das terras, mas teria discutido com um deles, o autor dos disparos. Logo em seguida ele teria fugido em um veículo Golf prata.
Laci foi atingido por dois disparos na costa e um no braço. Apesar da quantidade de tiros, Jéferson Teles disse que o estado ex-prefeito é estável e que ele chegou consciente e falando ao Hospital Clementino Moura (Socorrão II) para onde foi encaminhado. Por volta das 18h40 Laci foi encaminhado para o Hospital São Domingos, em São Luís.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Médico receita cadeados para mulher emagrecer: “um para a boca, geladeira…”


“Cadialina”. Esse foi o “medicamento” indicado por um médico para uma dona de casa de Salvador combater dores no fígado e conseguir emagrecer.
A paciente, Adriana Santos, 33, diz que, ao perguntar sobre onde encontraria o remédio, o médico José Soares Menezes recomendou que ela procurasse um ferreiro e comprasse seis cadeados.
“Um para a sua boca, outro para a geladeira, outro para o armário, outro para o freezer, outro para o congelador e outro para o cofre de casa”, relata a mulher, que diz ter 1,53 m de altura e 100 kg.
O caso ocorreu na semana passada em um posto móvel da Fundação José Silveira (conveniada à Secretaria de Saúde da Bahia) no bairro do Uruguai, onde Adriana mora, na periferia de Salvador.
Procurado, o médico limitou-se a responder: “Só usei uma linguagem figurada”.
A fundação reconhece que houve a consulta e afirma que iniciará uma investigação.
O Conselho Regional de Medicina da Bahia recebeu ontem a queixa da dona de casa e prometeu abrir uma sindicância para apurar se houve infração ao código de ética da profissão.
Adriana disse ter contado que não poderia fazer uma cirurgia de redução do estômago. O médico, de acordo com ela, afirmou que sua filha chegou a realizar o procedimento, mas, como continuou sem fazer regime, acabou engordando novamente.
“Ele ainda falou que, se eu não quisesse os cadeados, o jeito seria fazer jejum em quatro dias da semana. E, nos outros três, só beberia água.”
Em entrevista à TV Itapoan, afiliada da Rede Record no Estado, Menezes negou a segunda situação. O médico pediu desculpas “se foi mal interpretado” por Adriana.
“É uma paciente que tem compulsão por alimento. Infelizmente, ela vive numa comunidade que não tem capacidade de abstrair as coisas”, afirmou o médico à TV.
A paciente afirmou que não aceita o pedido de desculpas de Menezes e que já teve consulta com outro médico, que pediu exames.
E o salario é ....

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

José Dirceu: 10 anos e 10 meses de prisão



O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu nesta segunda-feira (12) o cálculo da pena do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, apontado pela corte como o "mandante" do esquema do mensalão. A pena de Dirceu somou 10 anos e 10 meses de prisão, mais multa de R$ 676 mil.
Até o final do julgamento, as penas dos réus condenados ainda podem sofrer ajustes para mais ou para menos, de acordo com o papel exercido por cada um no esquema.
As punições que o Supremo definiu para  José Dirceu são as seguintes:
Formação de quadrilha: 2 anos e 11 meses de prisão.
Corrupção ativa relativa a pagamento de propina a parlamentares: 7 anos e 11 meses, mais multa de R$ 676 mil, o equivalente a 260 dias-multa no valór de 10 salários mínimos (no valor vigente à época, de R$ 260).
Se ao final do julgamento prevalecer a punição aplicada nesta segunda-feira, superior a oito anos de reclusão, o ex-ministro da Casa Civil terá que cumprir a pena em regime fechado, conforme regra prevista no Código Penal.
Ele foi condenado por formação de quadrilha e corrupção ativa. Segundo o Supremo, Dirceu "ordenou" o esquema de pagamento de propina a parlamentares da base aliada em troca de apoio no Congresso ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
'Dosimetria'
Até esta segunda, em seis sessões de dosimetria (cálculo da pena dos condenados), cinco dos 25 réus condenados tiveram a pena determinada. O primeiro foi Marcos Valério, cuja pena soma 40 anos, 2 meses e 10 dias de prisão. Além disso, a multa chega a R$ 2,72 milhões, em valores que ainda serão corrigidos.

O segundo foi Ramon Hollerbach, ex-sócio de Valério, condenado a 29 anos, 7 meses e 20 dias de prisão, além de 996 dias-multa, que totalizam R$ 2,533 milhões. O terceiro a ter a pena definida foi Cristiano Paz, também ex-sócio de Valério.
Já Simone Vasconcelos, ex-funcionária de Valério, recebeu pena de 12 anos, 7 meses e 20 dias de prisão, além de 288 dias-multa no valor de R$ 374,4 mil.
Os ministros iniciaram o cálculo da punição a Rogério Tolentino, ex-advogado de Valério, mas interromperam a análise por causa de um questionamento levantado pelo advogado do réu quanto à pena aplicada pelo relator na condenação por lavagem de dinheiro. O ministro Joaquim Barbosa decidiu deixar para depois o estudo do caso.



sábado, 10 de novembro de 2012

SES divulga mapa de praias liberadas para banho


O Governo do Maranhão divulgou a relação dos trechos de praias liberados para banho em São Luís.  Os trechos próprios para banho abrangem praticamente todas as praias da capital. Os laudos laboratoriais são do Laboratório Central de Saúde. Veja abaixo onde se pode curtir o fim de semana de sol e praia:

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Mapa da Violência: São Luis é cinco vezes maior em homicídios que SP


A onda de violência que assola a ilha de São Luís foi o tema principal na sessão ordinária desta segunda-feira (05), na Assembleia Legislativa. O Jornal Pequeno publicou na capa do último domingo (04) dados estatísticos dos homicídios nos últimos dois meses na Região Metropolitana.

O deputado Bira apresentou os números levantados pelo periódico. Segundo o JP, foram registrados 70 casos de homicídios em São Luís nos últimos dois meses. Em São Paulo, no último mês de outubro, foram registrados 145 homicídios e no mês de setembro 135, num total de 1.064 homicídios este ano. Na ilha de São Luís foram 572 homicídios em 2012.
Em comparação proporcional com a capital paulista, a ilha de São Luís é cinco vezes mais violenta. A região metropolitana tem 1.310.000 habitantes, São Paulo tem 11.380.000 habitantes. A população da cidade de São Paulo é 8,68 vezes maior do que a população da ilha de São Luís. No entanto, tivemos aqui na ilha, este ano, 43 mortes a cada 100 mil habitantes, enquanto que na cidade de São Paulo temos nove mortes a cada 100 mil habitantes.
Bira mostrou-se assustado com a omissão do Governo do Estado e da Secretaria de Estado de Segurança Pública. Ele fez um paralelo entre a postura do Governador de São Paulo, que todo dia tem que dar explicações pela violência, e a do Governo do Maranhão que não se pronuncia.
“Aqui a gente não ouve nenhuma autoridade se manifestar, nem a governadora e nem o secretário de Segurança dá uma palavra apenas em razão desse crescimento de criminalidade. Esse crescimento de criminalidade aqui é absurdo e a população está cada dia mais assustada”, criticou o deputado.
O parlamentar requer providências urgentes para tentar solucionar este grave problema que apavora a ilha de São Luís. Para ele, a população está ficando à mercê da expansão da criminalidade na ilha sem que haja providências. Cada dia mais aumenta a quantidade de homicídios.
“Parece que os vídeos de monitoramento não estão servindo para nada. Gastaram R$ 19 milhões para instalar 100 câmeras, e os homicídios estão crescendo. É preciso que o Governo do Estado apresente um plano especial de enfrentamento. São Luís está desamparada e a criminalidade está tomando conta da nossa ilha, dos quatros municípios da grande ilha de São Luís”, concluiu Bira.
E enquanto somente se discuti somos vitimas de diversos atos de violência desse tipo e de outros crimes, sempre à mão armada.