terça-feira, 25 de março de 2014

Lista traz dez razões que levam as pessoas a abandonarem o Facebook



Com mais de um bilhão de usuários ativos, o Facebook é a maior rede social do planeta. No entanto, a rede de relacionamentos anda em baixa entre alguns grupos. É o caso dos jovens, que estão usando menos o serviço em países como os Estados Unidos, em que redes móveis estão começando a dominar. Nesse grupo, a principal razão da migração para outras redes é a presença de pais e parentes.

Entretanto, não são apenas os mais jovens que abandonam o Facebook. Gente de todas as idades tem optado por ficar longe do serviço. Listamos os principais motivos que estão levando usuários a encerar uma conta na rede social. Você se enquadra em algum deles? Veja a lista e opine nos comentários.

1) Privacidade

A privacidade no Facebook sempre foi assunto controverso. São frequentes as críticas à complexidade das configurações de dados pessoais da rede social. No ano passado, a opção para manter o nome oculto foi removida da busca. A única forma de ficar tornar o perfil inacessível a certas pessoas é por meio do bloqueio. Há, ainda, a opção de alterar o nome verdadeiro ou sair definitivamente da rede.

2) Dependência

O uso constante pode acabar em vício, de acordo com um estudo da Universidade de Gotemburgo, na Suécia. Os pesquisadores concluíram que o uso da rede social tem efeito parecido com o de substâncias com poder de adição - dependência psicológica ou compulsão por atividades como games, computadores e redes sociais. Entretanto, ao contrário do vício de fumar ou do alcoolismo, mais fáceis de serem detectados, é difícil perceber e admitir que se está viciado em redes sociais. Segundo o estudo, as mulheres passam em média 81 minutos diários no Facebook e os homens 64 minutos.

3) Busca por emprego

O monitoramento do perfil no Facebook de candidatos à vagas de emprego já virou rotina para recrutadores no mundo inteiro. Uma pesquisa da empresa de monitoramento de mídia social Reppler entrevistou 300 recrutadores e mostrou que 90% deles visitam os perfis dos candidatos no Facebook como parte do processo de seleção. O mesmo levantamento indicou que 69% deles já descartaram candidatos por causa do conteúdo visto nos perfis. Portanto, cuidado com o que você publica.

4) Baixa autoestima

É feriado, boa parte de seus contatos publicam fotos usando biquíni na praia com a legenda “Vida difícil” e você ficou em casa. O mesmo estudo da Universidade de Gotemburgo mostrou que mais da metade dos participantes da pesquisa desejam ter o mesmo tipo de corpo ou peso que os amigos nas fotos do Facebook. Além disso, usuários mais jovens se mostraram mais propensos a desenvolver distúrbios alimentares por causa das pressões por magreza e padrões estéticos.

5) Parentes

Seu pai, mãe, irmãos, tios, primos e até seus avós agora estão no Facebook. Eles acompanham cada passo seu na rede social e comentam todos os posts que você publica; todos eles. Há ainda os pais que adoram relembrar o tempo em que seus filhos eram pequenos e publicam fotos constrangedoras dos tempos de criança. Eis um bom motivo para repensar sua presença no site de Mark Zuckerberg.

6) Inveja

Além de exibirem corpos magros e sarados nas fotos, seus amigos começaram a casar ou ficar noivos, ter bons empregos e passar férias em lugares paradisíacos - pelo menos é o que eles dizem. Todos esses êxitos são publicados no Facebook e, sim, te deixam com inveja, de acordo com duas pesquisas de universidades alemãs. As fotos de férias maravilhosas são a maior causa de ressentimento, segundo os pesquisadores das universidades de Humboldt e Darmstadt.

Interações como número de cumprimentos recebidos em aniversários, curtidas e comentários em fotos e posts também costumam causar inveja. Foram entrevistadas 600 pessoas e por meio das respostas dadas foi possível descobrir que quem está na casa dos 30 anos tem maior propensão a invejar a felicidade da família. As mulheres se mostraram mais propensas a invejar a aparência e forma física das outras. Os homens revelaram publicar mais conteúdo focado em autopromoção para que seus contatos saibam de suas realizações. Já as mulheres preferem ressaltar a boa aparência e vida social.

7) Excesso de propaganda

Sempre que você curte uma página, logo depois o Facebook te mostra anúncios patrocinados de produtos similares. Agora, além dos anúncios regulares que pipocam no feed de notícias o tempo todo, há os anúncios em vídeo que começam automaticamente com o play ativado. A funcionalidade para novos "ads" foi lançada em dezembro e logo deve chegar a todos os usuários da rede social.

8) Término de namoro

O Facebook não parece ser o local mais indicado para se refugiar ao fim de um relacionamento. Publicações com indiretas ao ex ou sobre como você superou a separação rapidamente só despertam vergonha em quem lê. Somado a isso, sempre há aquela vontade de bisbilhotar a vida do ex e o resultado da pesquisa nem sempre é agradável. Fora as fotos que ficam lá, até serem apagadas.

9) Muitos contatos, poucos amigos de verdade

Ao acessar o feed de notícias você se depara com a aba de aniversários. Mas quem são aquelas 20 pessoas fazendo aniversário hoje? Muito provavelmente você não lembra delas e nem de boa parte dos milhares de contatos que se acumulam em seu perfil. É provável que poucos sejam realmente amigos de verdade. Por que manter manter informados sobre sua vida pessoas com as quais você tem pouca ou nenhuma relação? Fazer uma lista dá trabalho: amigos, conhecidos, restritos ...

10) Intolerância

Infelizmente o Facebook tem se tornado espaço para disseminação da intolerância. Opiniões radicais sobre política, pena de morte e redução da maioridade penal aparecem costumeiramente nos feeds de notícias arruinando a vontade de ficar conectado à rede social com tantos posts "odiosos".

segunda-feira, 10 de março de 2014

FHC questiona Dilma e Lula: Porque tanta alegria?


Estranhos momentos os que estamos vivendo no Brasil. Há poucos dias os jornais publicaram a foto de um encontro no Palácio da Alvorada. De mãos dadas, a presidente e seu mentor posam vitoriosos, enquanto o presidente do PT e dois alegados chefes publicitários da futura campanha reeleitoral, embevecidos e sorridentes, antegozam futuros êxitos. Por que tanta alegria?
Será que, estando no poder central, eles não se dão conta do que vai pelas ruas, nem do que acontece no mundo? Não estariam a repetir a velha história de Maria Antonieta na Revolução Francesa? Não que eu esteja também a delirar. Bem sei que não há qualquer revolução à vista.
Mas a esdrúxula foto faz recordar o ânimo fútil da rainha, com os maiorais se deixando flagrar tão despreocupados, enquanto as pessoas estão, na realidade, assustadas. Assustadas com as sombrias perspectivas do futuro, temerosas da violência larvar de um povo que era tido como pacífico (não há dia sem ônibus queimados, nem sem pessoas amarradas apanhando dos que descreem da Justiça e querem fazê-la por conta própria), espantadas com a montanha de lixo jogada nas ruas pelos cariocas em um só dia de greve dos garis no Carnaval.
Só com muita imprevidência foi possível fazer-nos mergulhar na crise energética a que estamos embrulhados. As medidas governamentais quebraram, ao mesmo tempo, o caixa da Eletrobrás, destruíram as possibilidades do etanol, deixaram as hélices das eólicas paradas à espera de linhas transmissoras e, ainda por cima, reduziram quase à metade o valor das ações da Petrobras. Será que o petróleo era nosso e o pré-sal, por pura teimosia propagandista e incompetência, é deles?
Quanto desgoverno. E a perda continuada do poder de compra dos assalariados, que a inflação de 6% ao ano (na verdade bem mais) dilui, os truques de contabilidade criativa que não enganam ninguém e a inépcia administrativa que transforma em mera propaganda os projetos bombásticos?
O que dizer da receita garantida para o clientelismo e a inépcia assegurada por 30 partidos no Congresso e 39 ministérios?
Seria injusto, porém, atribuir esses males a uma só administração. Percebe-se um suceder de acontecimentos negativos levando-nos, neste estranho e preocupante momento, à beira de perder uma oportunidade histórica, a de consolidar uma democracia de verdade e permitir nos livrar da síndrome do baixo crescimento, que limita o bem-estar e impede o acesso ao primeiro mundo.
A situação é tão grave que é chegada a hora para o conjunto da "classe politica" assumir parcelas de responsabilidade sobre os rumos do Brasil. Por isso é tão chocante aquela foto de regozijo.
Os líderes governistas, em vez de exporem à nação com realismo as mazelas existentes e de apelar, quem sabe, a todos os brasileiros para se unirem nas questões fundamentais, só pensam em dividir a sociedade entre "nós" e "eles" para, apostando nesse pobre maniqueísmo político, vencer eleições e se manter no poder.
É hora, entretanto, para uma mudança da guarda, na esperança de que novos líderes, colados na escuta das ruas, tenham visão de estadistas, e não a de meros chefes de clã. É hora de renovação, da força dos jovens aliada à visão de grandeza construírem a política do amanhã.
O artigo acima, escrito com exclusividade pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para o portal UOL